quinta-feira, 3 de julho de 2014

"Aquietai-vos e sabei que Eu Sou Deus (Salmo 46:10)”

Tal como no passado havia canalizações(informação Divina directamente recebida) através dos escritores sagrados que acabaram por serem na maior parte, plasmadas em livros, tendo como exemplos principais a Bíblia, o Torá, os Vedas, o Alcorão, etc. Hoje em dia, essas canalizações continuam a existir e em grandes quantidades.
Há cada vez mais pessoas preparadas espiritualmente para receber essas canalizações.
Mestres, anjos, santos e outras entidades espirituais, comunicam diariamente connosco através da meditação, oração, psicografia, música, pintura, sinais e outras formas de comunicação.
Hoje, as religiões já não são as únicas detentoras deste conhecimento sagrado. Qualquer pessoa pode singrar um caminho espiritual, não tem de necessariamente estar ligada a uma religião. O sentido de Deus está para além de qualquer religião como estrutura organizada, com os seus dogmas regras e conceitos, que acabam por ser muitas das vezes mais um entrave do que uma forma de chegar a Deus.
Acabamos no fundo por não ver o mais simples, o silêncio.
Silenciando a nossa mente, criamos um canal de comunicação com Deus, que acaba mais tarde ou mais cedo a comunicar connosco nas mais variadas formas. Só nos apercebemos da beleza dessa comunicação se estivermos de coração aberto, recetivos e com a mente limpa.
É-nos pedido que sejamos puros como crianças, cristalinos como a água de um rio.
Ser puro como uma criança, não é tarefa fácil, o objetivo é tentar sê-lo. Este trabalho pode demorar muitos anos, às vezes, uma vida ou várias vidas.
Todos fomos crianças e tínhamos a mente limpa, estávamos em contacto direto com Deus. Embora faltasse algum entendimento, não havia interferências de forma alguma. As experiências espirituais são entendidas pelas crianças sem as barreiras da mente. Passados uns anos, tornamo-nos adultos e a mente cada vez mais se apodera do nosso sentido mais místico e puro.
Na maior parte das pessoas, a fé e a espiritualidade são apenas entendidas ao nível da mente. Não se experimenta, não se vivencia, apenas se teoriza.
Desde que a humanidade começou a experimentar Deus, inicialmente ela era como uma criança com aquela ingenuidade e deslumbramento característicos. Os primeiros Cristãos são um exemplo bem claro disso. Começaram com uma fé inabalável, unidos a uma só espiritualidade a um só Deus, era uma espiritualidade nova, despida de conceitos e preconceitos, desligados do materialismo e dos poderes instituídos. Jesus Cristo mudou na época as velhas formas de religião instituídas. Os conceitos obsoletos do Deus castigador e opressor, foram substituídos por Jesus Cristo, pelos conceitos de Deus Pai, Amigo e Misericordioso.
 Mais tarde, começaram a instalar-se na mente dos cristãos os egos, do poder, da inveja, da auto-suficiência. Durante muitos anos e principalmente na Idade Média, à medida que o coração dos Homens(cristãos) endurecia com ódios, invejas, traições, sede de poder e de dinheiro, o Deus Pai, Amigo e Misericordioso afastou-se dos nossos corações, ou melhor dizendo, nós é que nos afastamos Dele, a nossa ligação com Ele como que foi cortada por culpa nossa.
A Igreja dividiu-se, os povos conquistados foram cristianizados à força. Milhares de pessoas foram mortas pela Santa Inquisição só porque tinham ideias contrárias ou discordarem das leis religiosas instituídas. Outros tantos milhares foram mortos nas Guerras Santas. Basta estudar um pouco a história do Cristianismo para nos apercebermos que Deus não estava decididamente presente nos corações da humanidade nessa época.
Tudo é um ciclo. Foi preciso centenas de anos para nos irmos apercebendo dos erros do passado. Neste momento estamos numa fase em que Deus quer voltar a entrar nos nossos corações. Para isso manifesta-se de mil e uma maneiras a qualquer pessoa, independentemente da religião ou do credo que tenha.

Cada pessoa entende Deus à sua maneira, ele dirige-se a nós da forma que nós estamos preparados para O receber, aliás, a verdadeira fé consiste em calar para que Ele fale, consiste em nos render ao que Ele quiser fazer de nós e por nós. Se quisermos dar uma chance a Deus para que Ele nos liberte, cure e ilumine, o que temos de fazer é precisamente oferecer-Lhe a quietude. Se continuarmos Impacientes, nervosos ou inquietos, como pode Deus atuar?
  

"Aquietai-vos e sabei que Eu Sou Deus (Salmo 46:10)”.

P.P.







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